quinta-feira, 23 de julho de 2015

O lugar


A Morada do desumano
cheia de mágoas recorrentes
como se o coração fosse um campo de pouso,
é visitada pelos loucos, pobres e doentes.
A inclusão do ser se apega a espiritualidade
onde justificam o abandono e tonam-se resistentes.

O Lugar certo para as pessoas erradas
é a clausura e a distancia dos olhos,
o segredo dos segregados
onde recebem como herança
as bençãos de deus e as mãos dos generosos.

Oh! Aurora que nos cobre de sorte,
livres da pobreza , da doença e morte.

O cenário imaginário do país do futebol
guarda uma nave de heróis
enquanto bêbados patriotas perambulam
assaltados em sua dignidade e
saqueados pela própria ignorância
e saneamento mais básico.

A trajetória poética de um palhaço louco
por vezes mais certa do que o governo,
abriga-se nos latões dos becos
como uma mercadoria insana e sem valor
esquecida pelos afortunados da república.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Embelezar os corpos - (Fabiano olinto)

Embelezar os corpos

Cai o dia numa roupa nova
Chega o fim numa roupa velha
As peças que transportam as peças
Carregam vidas e objetos,
Nada de anormal,
Flores que foram colhidas desde a infância
Agora empresta-nos o teu perfume
E sob o véu nos embeleza.

O corpo que abriga tão nobremente o espírito
Oferece um banquete de aplicativos,
O sentido entra a bordo da exigência franquiada (Universal)
Um alento ao desencanto e a incompletude,
O Ritual inconsolável do desejo
Corta o vento como uma lâmina que brilha
E esvazia o futuro preenchendo as fantasias.

O recheio saboroso da clareza
Escapa em uma fresta resistente
Que, quase esgotada mantêm vivos quem se dedica a bondade.
Vendemos o mundo a nós mesmos
Fabricamos sorrisos, inventamos as verdades,
Compramos a felicidade como se a tristeza fosse desnecessária
E não nos ensinasse algo realmente valioso.


Fabiano OLinto 





quarta-feira, 24 de junho de 2015

Síndrome efetiva de eficácia -Fabiano Lin


Primeiro dia de trabalho
Primeiro encontro do dia
Pessoas estranhas e frias
Caras de felicidade Perdida
Cheias de algo sem importância para fazer
Padronizadas em gestos e roupas,
No tempo livre sabem tudo
Sobre as outras pessoas
Menos sobre si mesmas
Pois não se interessam
Pela própria reputação(estima).

Um café solidário
Ocupa as mãos dos infelizes
Em suas mesas solitários
Pagam suas contas online
Agarram qualquer papel
Quando o chefe aponta na entrada,
Síndrome efetiva de eficácia
O único sopro de alegria
Está no sorriso de adeus no fim do dia
Primeiro dia de emprego
Como é bom voltar pra casa.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Minha vida que não me ama , minha amada que nunca me amará, seduzo as duas.Kerouak

sábado, 14 de maio de 2011

Poemas e músicas - Fabiano Lin

Sinfonia dos corpos

Minhas mãos
Continuam como antes
Presas a uma xícara de café,
Um doce veneno
Que gostamos de compartilhar.

Minhas mãos
Furtam teu cheiro
Desabrigado em teus seios
Alimentando a minha própria
Felicidade

Tocar o solo da tua pele
e conhecer o mundo que há
sob ela ,
Enchem minhas veias de vida
E meu fruto de sementes

Nascem barulhos dos móveis
Que se movem quando tocamos neles
Com a  sinfonia dos corpos,
Como precisamos de nós
Para inundar o mundo de amor
E contrariar a tristeza.




Nenhuma Pessoa  


O mar imenso
Parece tão sozinho,
O céu no ar
O amigo invisível.

Apenas ninguém
Escuta a música
Que sai das pedras
Quando as ondas tocam-nas.

Nenhuma pessoa
Mergulha em alguém,
Nenhuma coisa
Recebe atenção.

Cessará o perfume da areia?
Morrerá a dança do mar ?
O balé das nuvens?
Silenciará o canto das aves?

Não , nenhuma pessoa,
Ninguém sabe
Não há pegadas na alma
Tão pouco no caminho.



A Aventura   -   Fabiano Olinto

e                  c
Em letras vivas
                     e   c
Nasce o mundo,
e                              c
O encontro do pensamento
e                                 c                  e c
Com os olhos que observam mais,

Além da  distância
e                 c           g              b7
E cortam a linha do horizonte.


e                 c...
Velhos barcos

Trazem novos marujos

Com todo seu ouro.

Árvores  mudas

E cheias de vida

Se inclinam ao vento

Aspirado das espaçonaves.


c          d        g               b7
A aventura é pássaro livre
c                 d            e
Onde nos encontramos
c                  d
A partida e a chegada
G                b7
O início da estrada  
C                 d           E G
A realidade desvelada.